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MUDANÇAS NECESSÀRIAS
MUDANÇAS NECESSÀRIAS

 

 

Nós estamos vivendo um momento de decisão, não só politicamente, mas em todos os sentidos de nossa vida. É terrivelmente triste constatar que perdemos totalmente o senso de valores. Ficamos embasbacados com toda a violência que nos é exposta na rua, na TV, em casa, enfim em todos os lugares, mas o que pode ter nos levado a agir desta forma?

Particularmente acho que tudo gira em torno da ganância e da inveja. Quanto mais o tempo passa, mais o ser humano quer ter. E tudo isto vai se tornando uma bola de neve, não é raro escutar das pessoas que antigamente a vida era melhor, realmente era sim e não é difícil saber o por que. Com certeza a convivência entre as pessoas era muito melhor, o respeito, a amizade sincera e a solidariedade apesar de tudo ainda prevalecia, o exercício destas práticas era exercido com mais freqüência.

Mas as coisas começaram a mudar, e um lado desta mudança desencadeou este caos em que vivemos agora. O ser humano com o interesse voltado apenas para a cobiça, a inveja e a necessidade de levar vantagem em tudo, perdeu seu encanto natural. Pela vontade de sempre ter mais, o ser humano deixou de lado a convivência com o vizinho, já não se reúne mais com os amigos sentado na porta de casa, enquanto as crianças brincam de pique no meio da rua, isto acontece porque a cobiça e a ganância fizeram aflorar o medo, e junto com este medo do assaltante, do seqüestrador, do traficante e etc. Veio também a falta de tempo, sim, por que é preciso trabalhar mais, para ter mais.

E assim a individualidade vai tomando conta de todos, e a lei da vantagem é que impera, o coração endurece e a alma adormece profundamente. Muitas descobertas forma feitas pelo homem, e todas elas com certeza de muita importância e de extremo valor para a humanidade, mas a ganância, a inveja e o vírus da vantagem plantados no ser humano, na maioria das vezes o faz usar o que deveria ser pelo bem, para o mal.

É chegada a hora de uma mudança, hora de sairmos de nosso arredoma e parar de olhar apenas para o nosso umbigo. Não adianta nos envolver em um momento de nostalgia e romanticamente ficarmos nos recordando do tempo bom que não volta mais. O ser humano extrapolou todos os limites, se jogou em uma destruição desenfreada tanto de si mesmo, quanto dos outros e do mundo em que vive, não é a toa que neste momento uma pequena parcela de seres conscientes, lutam desesperadamente para tentar recuperar pelo menos parte daquilo estamos destruindo com tão boa vontade: o nosso planeta!

E sem cerimônia temos coragem de reclamar da natureza e do meio ambiente, que obedecendo religiosamente à lei de ação e reação, nos presenteia com mega desastres que devastam o planeta. Não é necessário ser um filósofo, ou cientista renomado para entender que é preciso encontrar o elo perdido. A destruição é crescente, primeiro começamos a nos envenenar com a chamada refeição rápida, depois de conseguirmos adquirir muitas doenças corremos atrás do natural, da comidinha caseira. Continuando com a saga das destruições, começamos a atingir nossos semelhantes, com altos padrões de competição fora do normal e com regras sociais que mais parecem receitas psiquiátricas. A ganância pelo sucesso doentio, pisando e passando por cima de quem for e a qualquer preço. Criamos padrões de beleza, de inteligência e por aí vai, que excluem totalmente 90% dos seres vivos, cruel! Conseguiram fazer lavagem cerebral em todos com este veneno do padrão beleza e magreza, destruindo sem remorsos a maioria da população. Definitivamente o que importa é o exterior e não o interior de uma pessoa, e assim o veneno da inveja injetado em nossas veias corre solto. Desta forma apenas conseguimos alimentar o lado ruim do ser humano, e na maioria das vezes as conseqüências são irreparáveis.

E como se não fosse pouco tudo isto, colaboramos bastante com a destruição do caráter dos nossos filhos, passando a mão na cabeça por tudo sem ter e nem dar limites e acrescentando com orgulho a frase:__”Vou dar a ele tudo o que não tive”. Depois perguntamos inocentemente o que fizemos de errado! A vida para todo ser humano virou uma disputa sem fim e inconseqüente e isto só causa muita dor, muito sofrimento e muita destruição. Viver é bem mais que isto, em um passado não muito distante, o homem lutava por uma causa, tinha um objetivo traçado, a rebeldia era contra o sistema e não contra o ser humano.

A ditadura imperava, e muitos lutavam por uma mudança para um bem comum, eles lutavam por todos. Hoje pelo menos na teoria vivemos em um regime “Democrático”, mas na prática a “Ditadura” ainda tem voz ativa. Não é preciso ir longe para constatar esta verdade, em Lavras isto é público e notório. Este sistema adotado deliberadamente pelos políticos da panela nos faz lembrar também da época do “Coronelismo”. Por isto a cidade não cresce não se desenvolve, mas a culpa de tudo isto não deixa de ser dos moradores, que com suas mentes pequenas e pensamentos retrógrados, não tem coragem de mudar e nem de enfrentar de frente esta realidade. O povo não tem idéia do tamanho de sua força, quando se une para lutar por um objetivo único e justo: “O bem de todos”.

É fácil e bem cômodo reclamar e dar de ombros, como se o problema não fosse seu, mas isto precisa ter um fim, é preciso uma mudança, uma conscientização e uma atitude, a de arcar com nossas responsabilidades civis, e reescrever nosso futuro, precisamos recolocar nossa cidade no mapa.

Da mesma forma que é necessário mudar nossa alimentação para recuperarmos nossa saúde, da mesma forma que precisamos rever nossos conceitos para criarmos filhos com uma consciência melhor, da mesma forma que precisamos mudar nossa forma de tratar nosso semelhante e termos um pouco mais de respeito por ele, e da mesma forma que precisamos mudar nossa consciência ambiental e reciclamos o lixo que criamos, e assim tentar nos redimir perante a natureza. Desta mesma forma precisamos recuperar nosso poder de luta contra a tirania, mas não com armas de fogo ou moralmente sujas, mas sim com a arma da união, da verdade, a arma do não a corrupção, a arma do não ao domínio do mal em todos os sentidos. Precisamos voltar a sonhar e parar de ter pesadelos.

 

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