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UMA PAQUERA DESAJUSTADA
UMA PAQUERA DESAJUSTADA

 

A vida realmente é muito interessante, nunca devemos dizer que todos os acontecimentos e situações são para sempre. Em cada momento estamos mudando tentando algo diferente, que nos faça mais feliz. Ouvimos desde pequenos que nós mulheres somos criadas para cuidar do marido e dos filhos, e durante séculos tudo isto tem sido uma verdade indiscutível, mas de alguns anos pra cá a situação e a visão da mulher mudou muito, diga-se de passagem as mudanças foram excepcionais, principalmente para as mulheres mais centradas que não deixaram todo este movimento subir à cabeça, e conseguiram lidar com as novas oportunidades e igualdades de maneira inteligente e sensata. Mas enfim, a história a seguir é muito engraçada, não que a intenção dos atores fosse protagonizar uma comédia, mas diante dos fatos decorrentes depois de algum tempo, lembrar daquele acontecimento juntamente com a atriz principal, foi totalmente impossível não dar boas risadas. Juliana sempre foi uma ótima garota, nós sempre fomos muito amigas desde a adolescência, nossa amizade sempre foi muito forte. Mas em certo momento de nossas vidas nos separamos, por força do destino, cada uma seguiu sua vida e quase não nos encontrávamos, na verdade não foi porque não queríamos, mas sim porque me mudei e no corre-corre da vida nos distanciamos. Eu me casei, ela também e assim seguimos em frente. Depois de alguns anos, nossas vidas se cruzaram novamente, eu adorei esta parte, pois eu e Juliana sempre nos damos muito bem e apesar da distância, os sentimentos não mudaram e o laço entre nós estreitou-se muito mais, foi um reencontro de irmãs. Passamos por muitas experiências algumas boas, outras ruins, mas sobrevivemos, ela tem um filho e eu tenho dois, nós duas estamos separadas. Juliana sempre foi muito correta e não muito dada a aventuras, por isto amei este episódio de sua vida. Depois de algumas idas e vindas com o marido, ela não agüentou mais aquela situação e colocou um fim, separou-se e não voltou mais. Aí começou uma nova fase, muito boa por sinal. Juliana trabalha em uma grande loja de eletrodomésticos e claro convive com muita gente o tempo todo, clientes e companheiros de trabalho. Faz anos que trabalha nesta loja e seu relacionamento com todos é muito bom. Mas um dos vendedores que sempre a olhou de uma maneira diferente, claro que ele nunca se atreveu a dizer ou fazer qualquer coisa, pois Juliana sempre foi uma pessoa muito correta, e ela nunca daria chance alguma. Mas Aroldo começou a se aproximar um pouco mais, à partir do momento que soube da separação de Juliana. Foi chegando devagar, jogando um charme daqui, outro dali e depois de mais ou menos um ano e meio de tentativa, conseguiu sair com Juliana para dançar. Nenhum dos dois queria divulgar aquela história de amor, e se encontravam as escondidas mantendo sigilo total. Mas um destes encontros superou todos os outros. Aroldo tentando disfarçar de todos na loja aproximou-se de Juliana e disse que havia conseguido com seu padrinho Geraldo, a casa dele emprestada para os dois se encontrarem, seu padrinho faria uma viagem rápida, mas o tempo seria suficiente para o casal se encontrar e matar a saudade. Os dois combinaram o encontro para aquela noite depois do trabalho, Juliana chegaria primeiro e Aroldo iria algum tempo depois. Aquele dia parecia maior que os outros para ambos, o tempo não passava..Enfim depois de uma longa espera, o dia chegava ao fim e o bom tempo também, a chuva chegou e com certeza cairia a noite toda, até que não era de todo ruim,a chuva dava um toque de romantismo. Juliana saiu do trabalho e seguiu para o endereço que Aroldo indicou. Quando saiu e abriu sua sombrinha para se proteger da chuva, ela logo percebeu que não havia nada de romântico naquela chuva, muito pelo contrário estava fria e forte, já estava começando a desistir do encontro, mas resolveu seguir em frente. Quando chegou perto do cafofo do Geraldo o tal padrinho, a moça foi ficando preocupada a rua apesar da chuva estava movimentada, e o vizinho que mora em frente ao cafofo estava na varanda firme e forte, sua fisionomia era a de quem não tinha intenção nenhuma de sair daquele local, ele estava apreciando a chuva. Juliana já um tanto quanto molhada e nervosa disfarçou, continuou a andar, voltou, tentou se esconder o quanto pôde atrás da sombrinha, depois de muitas tentativas de se esconder sem nenhum resultado positivo, ela resolveu encarar e entrar, (sem intenção de usar um trocadilho, mas já usando...), estava na chuva era para se molhar. Entrou e ficou esperando, passado algum tempo Aroldo chegou, ensopado como um pintinho. Assim que entrou ele disse que o vizinho continuava ali, atento a cada movimento. O casal já bastante estressado com toda aquela situação, resolveu então se entregar ao propósito daquela aventura, apesar de não sentir amor por Aroldo, Juliana estava gostando de fazer algo diferente, com um leve toque de perigo, e também depois de muito tempo sozinha, seria bom passar algumas horas entregando-se ao prazer. E que horas!!!! Ou melhor, segundos!! Mesmo com toda aquela situação inusitada, Juliana tentou melhorar um pouco sua aparência, dar seu jeitinho feminino no que a chuva teimou em destruir, mas as coisas não saíram como ela havia imaginado, estava muito bom para ser verdade. Ela já estava debaixo dos lençóis macios, o cafofo até que era bem arrumadinho e asseado. Juliana começava a ficar impaciente, afinal psicologicamente estava preparada para algumas alegres horas de prazer. Aroldo por sua vez muito calmo parecia ainda não ter entrado no clima, sentou-se na beirada da cama e começou a tirar sua roupa, de uma forma um tanto quanto fora do convencional para tal situação, ele se despia como quem cumpre um ritual, peça por peça, sem ao menos se importar com a presença de Juliana deitada na cama, sem entender nada. Quando finalmente ele se dispôs ao que veio, foi o máximo. O cúmulo de uma situação um tanto quanto hilária. Eu só acreditei porque foi Juliana, a própria que me contou. O ato tão esperado durou dois segundos, nem um segundo a mais, nem a menos. Aí não deu outra, o sangue subiu à cabeça de Juliana, ela soltou os cachorros em cima do pobre. E para completar aquela noite inesquecível, na saída que não demorou nada para acontecer, o vizinho estava lá do mesmo jeito. Nesta altura do campeonato Juliana já não se importava com mais nada, e só para fechar com chave de ouro, eles saíram e na hora de trancar a porta do cafofo, na hora de baixar as cortinas e terminar o ato final, a chuva aumentou, a chave hora entrava, hora não saia e a maçaneta quebrou. Hoje em dia Juliana dá boas gargalhadas ao se lembrar desta passagem histórica de sua vida, depois daquele dia os dois terminaram aquele relacionamento, que na verdade nem eles mesmo sabiam se algum dia existiu realmente, e continuaram suas vidas como bons amigos. Com certeza este episódio vai ficar gravado como um dos momentos mais cômicos da vida de cada um.

 

 

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