Com laço de fita cor de rosa,
Chega ela toda dengosa.
Nos braços da mãe, da mulher,
Que a protege toda carinhosa.
Ela cresce, sonhando com o amanhã,
Ele chega realidade cruel.
Parece a maldição da maçã,
O mundo não aceita sua mente sã.
Mulher amante, guerreira,
Mãe, esposa dedicada, companheira.
Na batalha da vida, ela grita desesperada,
Pela igualdade, pelo respeito, e para ser amada.
Costureira, amiga, lavadeira, gari,
Ela corre, canta, administra e sorri.
Professora, irmã, secretária do lar,
Por seus direitos não cansa de lutar.
A chama que mantém sua esperança,
É a mesma que um dia por intolerância.
Cento e trinta tecelãs morreram carbonizadas,
Trancadas dentro da fábrica que foi incendiada.
Preconceito, desprezo, crueldade,
Para muitas esta ainda é a realidade.
Mas elas seguem com garra, força e jogo de cintura,
Na profissão que todas se orgulham,
Que é a arte de ser mulher!